Recentemente, vi uma trinca de filmes que compartilham um elemento que me atrai bastante: alienígenas como força opressora e criativa ao mesmo tempo. As obras em questão são Alien: Romulus, Predador: Assassino de Assassinos e Um Lugar Silencioso: Dia 1. Todos com abordagens distintas, mas unidos pela presença de criaturas hostis que colocam a humanidade em posição de fragilidade — algo que sempre me fascinou na ficção científica.
Sou fã de longa data das franquias Alien e Predator. Sempre me pegou a inversão dos papéis clássicos: o humano, em vez de predador, vira presa. E a construção do universo dessas criaturas (ou falta dela, em alguns casos) é parte do apelo.
Entre os três filmes, o que mais me impactou foi o novo Predador. Ele acerta em cheio ao dividir a trama em três histórias distintas, todas com humanos no centro da ação. O monstro, por mais icônico que seja, aqui serve mais como pano de fundo — e isso foi um acerto. A criatura continua presente e ameaçadora, mas o foco real está nas pessoas, em suas escolhas e nos contextos únicos de cada arco.
Já Alien: Romulus funciona como um spin-off honesto e competente. Não exige conhecimento prévio da saga e brinca com elementos clássicos, como o horror claustrofóbico, a gestação alienígena e a estética industrial decadente. Senti falta de elementos tradicionais como os ovos em grande quantidade e a rainha, mas a substituição por um invólucro artificial e o foco num único híbrido não estragam o filme. Pelo contrário, criam uma narrativa mais fechada, talvez mais acessível.
O que me pegou de surpresa em Romulus foi a sequência do nascimento do híbrido humano. Achei que a personagem grávida iria se transformar, mas não: é o bebê que se torna a criatura hibrida. A criatura final tem um visual que remete aos engenheiros de Prometheus, e essa ligação indireta me agradou.
Agora, se tem um que me deixou a desejar, foi Um Lugar Silencioso: Dia 1. O filme tenta explorar o início da invasão, o que em teoria é uma boa ideia. Mas na prática, o pouco mostrado no segundo filme sobre esse mesmo momento acabou sendo mais eficaz do que todo o longa. Nova York poderia ter rendido mais, e o final simplesmente não me agradou. O maior pecado, pra mim, é a total falta de aprofundamento sobre as criaturas. Elas aparecem, matam, fim. A ausência de qualquer tentativa de contextualização ou descoberta empobrece a ameaça.
Se alguém me pedisse indicação de um único filme entre os três, seja para quem curte ação ou tensão, diria Alien: Romulus. É o mais equilibrado e funciona bem até pra quem nunca viu nada da franquia. Tem bons sustos, boa atmosfera, e não se apoia apenas na nostalgia.
No fim, essa pequena maratona só reforçou o quanto ainda curto esse tipo de ficção. Quando bem feito, com boas ideias ou mesmo um visual que dialogue com o clássico, o gênero ainda tem muito a oferecer. Fiquei mais animado, não menos.
E você, viu algum desses filmes? Ou tem outro alien recente que vale a pena?
Os três filmes estão disponíveis nos serviços de streaming, sendo Um lugar silencioso: Dia 1 na Netflix, e os outros dois (Alien e Predador) no Disney Plus.